quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O Papa Bento XII confirma Martinho Geraldes como vigário de São Martinho do Outeiro

Em tempos recuados, não era raro vários pretendentes disputarem o mesmo cargo religioso. O pároco outeirense Martinho Geraldes, cremos que em 1336, recorreu ao Papa para que este o confirmasse definitivamente à frente da paróquia.
Traduzimos só a saudação inicial da papal bula de confirmação:
O Bispo Bento, servo dos servos de Deus, ao seu amado filho, Martinho Geraldes, vigário perpétuo da Igreja de São Martinho de Outeiro, da Diocese de Braga, saúde e bênção apostólica.
A seguir, o Papa Bento XII usa a sua autoridade para confirmar Martinho Geraldes na posse da vigararia.

Bula do Santíssimo Padre Bento XII que confirma Martinho Geraldes em vigário de São Martinho do Outeiro

Benedictus Episcopus, servus servorum Dei, dilecto filio Martino Geraldi, perpetuo Vicario Ecclesiae Sancti Martini de Outeiro, Bracharensis Dioecesis, salutem et apostolicam benedictionem.
Justis petentium desideriis dignum est nos facilem praebere consensum et vota quae a rationis tramite non discordant effectum in prosequente complere. Ea propter, dilecte in Domino fili, tuis justis postulationibus, grato concurrente assensu, perpetuam Vicariam Ecclesiae Sancti Martini de Outeiro, cum pertinentiis suis, quam te canonice proponis adeptam, sicut eam juste possedis et quiete tibi auctoritate apostolica confirmamus et praesentis scripti patrocinio communimus.
Nulli ergo omnino hominum liceat hanc paginam nostrae confirmationis infringere vel ei ausu temerario contraire.
Si quis autem hoc attemptare praesumpserit, indignationem omnipotentis Dei et beatorum Petri et Pauli apostolorum eius se noverit incursurum.

Datum Avinionis, quarto Idus Junii Pontificatus nostri anno secundo (…)



Outro documento papal na história da Paróquia do Outeiro Maior

Este segundo documento papal cremos que vem de 1417 e é a “Bula para Gil Vasques, Cónego do Porto, sentenciar uma causa sobre a censória da Igreja de São Martinho do Outeiro contra o Arcediago de Vermoim”. O Papa era então Martinho V.

“O Prior e o Convento do Mosteiro de São Simão da Junqueira e Mateus, o Reitor da paroquial igreja de São Martinho Donteiro (por do Outeiro), da Diocese Bracarense”, reclamaram contra o Arcediago de Vermoim, a cujo arcediagado a paróquia pertencia. Caberia ao Cónego Gil Vasques decidir de acordo com o direito.

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